Faca:

15,00 

Há livros que se lêem e há livros que nos lêem. FACA:, de Luís Filipe Sarmento, é um desses raros espécimes literários que não apenas habitam as prateleiras, mas também atravessam o leitor, como uma lâmina afiada rasgando as camadas de nossa própria existência. O título, aparentemente simples e contundente, já é uma pista do que está por vir: a faca é um objeto de precisão, um instrumento tanto de criação quanto de destruição, capaz de separar e unir, de dilacerar e dissecar. Neste livro, Sarmento utiliza a faca não apenas como uma metáfora, mas como um símbolo de uma busca incessante — a busca pelo eu, pela identidade, pela fuga e, acima de tudo, pelo significado. FACA: é um convite à reflexão. Um convite perigoso, pois não oferece respostas. Sarmento não é um autor que tranquiliza o leitor com verdades fáceis. Pelo contrário, ele empurra-nos para o abismo, forçando-nos a confrontar as nossas próprias máscaras, as nossas próprias fugas. A leitura deste livro é uma experiência inquietante, onde cada linha é uma lâmina que nos desvela e expõe. E, ao chegar ao final, resta apenas a sensação de que, tal como Fúlvio, também nós fomos transformados — não pela liberdade que buscamos, mas pelo corte da realidade que nos atravessa.

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